
Dia 25 de Agosto:
Acho que foi este dia que despoletou o trabalho de parto!
Fui com a Bruna passear para a Quinta do Covelo. Foram 2 horas de muito andamento atrás da princesa, ora pega nela, ora ajuda-a a subir pelas cordas, ora ampara aqui, ora puxa acolá.. eu sentia-me muito bem, como me senti durante o resto do dia todo.
Dia 26 de Agosto:
Durante a noite tive uma dor no útero do lado esquerdo. Foi uma caimbra mto localizada, mas sinceramente não pensei muito nisso porque passou e podiam ser gases, ou qqr coisa do género e não era a 1ª vez que o sentia. A dor acabou por passar.
Qd acordei por volta das 9 sentia uma grande pressão na bexiga, uma pressão diferente e não era constante, ia e vinha, sentia contracções e aliada às contracções sentia o aperto na bexiga! Nt altura ainda não eram mto dolorosas, apenas desconfortáveis, parecia que ia fazer xixi a cada contracção. Comecei a temporizá-las e a verdade é que vinham de 10 em 10 minutos aproximadamente!
Liguei a minha médica que me aconselhou a ir ao ao hospital. Entretanto as contracções mantinham-se e por vezes aumentavam a intensidade. Bom lá fomos nós para o hospital. Fui para os cintos!

As contracções estavam muito certinhas de 10 em 10 minutos e cada vez mais fortes!
O meu co-piloto (como depois o chamei mais tarde já na sala de partos) mantinha-me sempre com um sorriso e gargalhadas, sempre na brincadeira, sempre a dizer disparates, como só ele sabe ser nt ocasiões!
Depois fui para ser observada pela médica, que para minha sorte era a Dra. Paula Nogueira que me tinha visto na última visita ao hospital e por isso sabia de todo o meu historial (informada anteriormente pela Dra. Vera). mal insere o espectro (acho q é este o nome) comunica-me:
"Tem rotura de membranas, já não sai daqui!". Pronto, sabia que estava por horas, só não sabia qts :)!
A dilatação estava em 1 dedo e o Rafael ainda não estava encaixado!
Fomos preencher uns papeis e de seguida fomos para a sala de observações onde eu fiquei num compartimento dividido por cortinas com o meu co-piloto. Estive com os cintos o tempo todo. Vieram-me por soro para que eu me pudesse "alimentar" uma x q não tinha comido nada (cheguei ao hospital por volta da 1 e tal da tarde e não tinha almoçado pq não sabia mto bem o que iria acontecer e se por acaso tivesse q ser cesariana tinha q ter os estômago vazio) e a Dra. Paula disse que a nível de indução não poderiam fazer grande coisa porque tinha tido uma cesariana anterior, por isso esperariamos algum tempo para ver se evoluía naturalmente e depois decidíamos o q fazer.

Entretanto as contracções ficaram mais dolorosas e muito menos espassadas, havia xs que mal acabava uma estava logo a começar outra. O meu co-piloto, que controlava tudo pelo monitor onde se registavam as contracções e batimentos cardíacos do bebé, dava-me a mão e ajudava-me a passar aqueles segundo dolorosíssimos ent durava a contracção. Acabava por ser hilariante, e acreditem, este marido é tão fantástico que me fazia rir durante contracções horrorosas, pois ele relatava tudo o q estava acontecer perante o gráfico e o valor da contracção, lol... dizia ele: "é mais forte do que eu" qd eu lhe dizia para se calar, lol

Como as dores estavam a aumentar muito e a dilatação se mantinha em 1 dedo, a enfermeira deu-me uma injecção para aliviar as dores... não adiantou NADA! Só q ntaltura, por muito dolorosas e mais duradouras que estivessem a ficar as contracções eu com o meu co-piloto, lá me ia aguentando, só que às tantas acabamos por ser vencidas pelas dores, pelo cansaço, pela ansiedade, por tudo, e o meu co-piloto às tantas tb começou a ficar mais sério pq me via ali sem poder fazer NADA mais do que já estava a fazer!
Vieram fazer-me o toque e estava com 3 dedos de dilatação, finalmente as coisas tinham evoluído um pouco e eu comecei a ficar nervosinha porque pensava se eu teria "capacidade" estrutural/física para ter um parto normal.
Bom, aqui já eu estava desesperada com as dores, o meu co-piloto tb, ele sofria muito por mim, não sabia o q mais me havia de fazer ou dizer, emprestava-me os braços, as mãos o corpo e eu "abusava" dos músculos á força toda, lol! Lá me vieram dar a epidural, para minha grande surpresa pois eu sabia que só a davam a partir de 4-5 dedos de dilatação.
Lá me deram a 1ª dose de epidural, que juntamente com contracções tão dolorosas e frequentes foi difícil de parar quieta e talvez por isso a 1ª epidural tenha sido mal dada porque não fez efeito absolutamente nenhum. Eu bem q esperei por aquela sensação de "céu/paraíso" que toda a gente fala, mas NADA!
A enfermeira e a anestesista ficaram admiradas, mas resolveram reforçar a dose... resultado... piorei... fiquei com umas dores na zona lombar - HORRÌVELLLLLLLL! Até que perante o cenário de dores insuportáveis e muito constantes a anestesista deu-me outra epidural completa, ou seja mais uma picada dolorosa, e segundo ela quase dose de operação, ao ponto de eu ter ficado com as pernas com formigueiro, mas desta vez RESULTOU... e lá me senti "no céu"!
Por volta das 23 e pouco da noite vieram-me fazer mais um toque e ouço:
"7 dedos de dilatação, para a sala de partos!"Toda eu tremi, o meu co-piloto tb ficou muito nervoso porque ele achava que eu não tinha estrutura para parto normal. As minhas pernas começaram a tremer de tal maneira que eu simplesmente não conseguia parar... mas o que tinha q ser tinha q ser e lá fomos nós para a sala de partos.
Na sala de partos estavam 2 enfermeiras... uma delas era a enfermeira Pimenta, e q bela enfermeira que me calhou, simplesmente fantástica, do melhor mesmo. Quis confirmar os 7 dedos de dilatação, mas afinal:
"isto não são 7 dedos, são 10, dilatação completa!"Continua...